sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ao querido vigilante sanitário,

Foi parada no ponto de ônibus que avistei Lineu.
Com sua pele branca e barba por fazer.
E o colete bege com calças cargô no mesmo tom.
Ele desceu da porta traseira do ônibus, cruzou a minha linha de olhar e depois averiguou o conteúdo de sua pastinha preta de tecido bruto, enquanto ambos aguardávamos nossos respectivos ônibus.
Agradeço Lineu, esse estranho, por ter desfocado minha atenção de minha frustração vivida horas antes e ter me feito companhia naquela rua sombria mesmo sem saber.

23.08.2011

Dia 23.08.2011 "O dia" ou de uma forma bem menos dramática, a minha volta ao blog.

Sentada na terceira fileira do ônibus no assento direito do corredor esquerdo pondero sobre o acontecido hoje em face de tudo mais que poderia ter ocorrido. E se são duas conjunçõeszinhas que separadas nada demais têm, mas basta serem associadas uma a outra nessa ordem e todas as nuvens cinza-chumbo da reflexão te cobrem e assombram como que num passe de mágica.
E nesse momento de reflexão eis que no horizonte algo me chama atenção e como se já não bastasse é o sinal luminoso doquetodomalmecausou aguando meus olhos que ainda procuram pelo melhor dos seres humanos sua condicão de humanidade, mas como pode se esperar isso de uma instituição, você pode me perguntar. Porque apesar disso ser sua "missão" em suas propagandas, por menos que você tenha vivido nesse planeta é sabido como algo do senso-comum, algo óbvio que eles daquilo nada têm.
Então, tomo isso como desabafo seguindo as sábias palavras de um esquecido pela nossa sociedade (a brasileira), o Mestre Paulo Coelho, " Lágrimas são palavras que aguardam o momento de serem ditas" e sigo minha viagem em direção a faculdade onde ainda coloco em prática minha filosofia de ser #GRATEFUL a tudo e a todos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

INSIGHT

Deito-me em minha cama e encaro a parede. Forço-me a não pensar no FUTURO e sim, no presente momento. Afinal, o que estou fazendo deitada em minha cama, enquanto todos de minha família me chamam na sala...Mas, é mais forte do que eu, e, simplesmente, não consigo me mover.
Acredito que eu preciso mudar, que preciso me afastar daquilo que me mantêm segura e, viver uma aventura, fazer algo que nunca me dei a possibilidade nem de pensar...ME LIBERTAR!!! SAIR, sem despedidas, sem planos, sem pensamentos fervorosos sobre o que PODE acontecer... Só me levantar, colocar os pés no chão e me libertar desse mundo fantasioso que existe em minha cabeça...
Começo a me mexer, mas logo, algo me puxa de volta pra cama, para aquela posição fetal, para encarar aquela deformação, que em cada momento de minha vida vira um personagem diferente, em minha parede...
NÃO!!! - Meus pensamentos lutam com a força que meu corpo faz para me manter inerte...E, em segundos fixo meus pés no chão, forçosamente sem deixar espaço para o pensamento de voltar a posição original...E, assim, saio do mundo da fantasia, meio inebriada pela REALIDADE.
Não sei direito o que estou fazendo, mas continuo me deslocando, seguindo o fluxo humano, sem questionar...E então, sem saber como vim chegar aqui estou numa praia, uma que nunca vi antes...
Devagar, em frequência constante, escuto ondas batendo nas pedras da encosta. Pés afundam na areia. Para qualquer lugar que olhe, o horizonte é tudo que vejo. Meus ouvidos se aguçam para escutar qualquer som que não seja o mar, o vento, minha respiração e batimentos cardíacos, sem os encontrar. Estou sozinha em um lugar desconhecido, perdida.
Tento reavivar em minha mente como cheguei aqui: estava deitada em minha cama, lutei para sair, finquei o pés no chão e BRANCO...Não consigo lembrar...Espero ouvi um grito gutural que chega a vibrar todo o corpo e seu entorno saindo de minha boca, mas nada acontece...Não estou em pânico. Não aqui.
Essa paisagem é maravilhosa e representa, de certa forma, essa liberdade que tanto quis, portanto, me deixo levar mais uma vez e danço na areia, mergulho no mar, salto entre as rochas da encosta e, surpreendentemente, não congelo ou sinto nervosismo, ao pular dali no mar...
A água está gelada, o impacto foi muito forte, estou meio tonta, mas, posso dizer com certeza, que foi uma experiência incrível e quero repetí-la algum dia desses...
Saio da água e sigo em direção a rua, que também está vazia. Vou seguindo, pego minha mochila que misteriosamente aparece na areia, mas, nem ao menos, penso nisso.
Tem um carro parado no estacionamento da praia. Pensamentos como Você está nervosa? Você está com medo? Curiosa? surgem em minha mente e, como se alguma força magnética me puxasse, sigo em direção ao carro...Observo atentamente, mas não tem ninguém nem dentro e, muito menos próximo dele, além de mim. Ouço um tilintar vindo de trás e, logo em seguida, um baque próximo ao chão...Meu reflexo foi mais rápido do que o meu instinto, e já estou dentro do carro com a chave na ignição...Para onde eu vou? Isso, realmente, importa?
Escuto um burburinho muito baixo, deve ser interferência do rádio. Duas mãos vão deslizando por trás do assento do banco em direção ao meu pescoço e eu, começo a me debater e caio no chão.
Quando olho ao redor, estou no tapete do meu quarto, na posição fetal usual, encarando o teto. Não quero que isso aconteça, não pode ser verdade, aquilo foi tão esclarecedor, tão...
Não importa, ela está na minha mente. Não vai sair da minha cabeça. Descança, e, quando reflito, ela brilha.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

>> DESABAFO/PROTESTO <<

Eu, sinceramente, odeio essa afirmação de caracteres chata na hora de postar comentários...Às vezes, chego até a clicar naquela cadeira de rodas que tem do lado, pois não entendo a letra e não enxergo azul muito bem (aliás, porque TEM que ser azul?), mas a mulher só fica falando meia duzia de coisas sem sentido que não dá para entender e aí eu PENSO: Não sou normal, porque não consigo ler as letras e não sou deficiente, porque não consigo assimilar o que falam...Afinal, o que serei eu??? Um híbrido, talvez, de várias espécies...
Contudo, caro(A) leitor(A), me diga uma coisa: Para quê RAIOS isso serve, senão para me irritar, me fazer perder tempo e me fazer pensar que sou menos normal AINDA do que acreditava ser...
Perco até a vontade de comentar...algumas vezes...
Ok, desabafei!!!

PS: Mais alguém partilha disso???
PPS: Por favor, alguém clica na cadeira de rodas e me diz se entende alguma coisa???
PPPS: Nunca pensei postar sobre isso...lol

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

>> #2 OU ACEITAÇÃO <<

Quando se faz uma lista das milhões de coisas que você já se prometeu e não cumpriu, caro(a) leitor(a), você finalmente repara que a muito o quê fazer, mesmo que sejam coisas aparentemente idiotas...E, quando essa lista fica no local aonde você passa a maior parte do seu tempo, é impossível fugir...(experiência própria). Portanto, tente!!!Pegue o primeiro pedaço de papel que achar e escreva todas as promessas que consegue lembrar ou faça novas, não deixe para depois, coloque-a em algum lugar que não tenha como você passar um dia sem ir, porque mesmo que adentre neste tapando a lateral do rosto para não ver, pelo menos você sabe que lá está a lista, e esta é a intenção.
Há seis dias atrás postei sobre promessas e posso dizer que dentre esses dias, pelo menos dois, adiei aquelas...Mas, acabou que tudo saiu no prazo determinado e...ainda tenho mais propostas para mim até o fim do ano...
Porque à partir do momento que vi/senti que não preciso ser perfeita em TUDO que faço, que tenho aceitar tudo como é, que não sou, nem, muito menos, tenho que ser melhor do que ninguém ou a melhor pessoa do mundo...Acho que me liberei para errar...para rabiscar...pular...me entregar...à VIDA!!!
Mas, continuo lutando contra isso, pois, só o tempo CURA!!!

PS: Post pequenooooooooo, acho que é o twitter que faz isso conosco.
PPS: Odeio quando o blogger perde minha atualização...
PPPS: Postagem cresceu, desconsidere o primeiro PostScript.

>>PROMESSAS ou # 1<<

Vivemos nossas vidas fazendo mil promessas que não cumprimos, mentindo para nós mesmos...Eu mesma, prometi a uma amiga que postaria aqui, mas não o fiz.
Por quê será???, eu pergunto!!!
Há algo de oculto que nos faz dizer coisas sem nem, ao menos, sentirmos e, então, nos vemos deitados, novamente, naquela posição fetal, chorando, mirando o teto ou a parede na nossa frente sem reação. Fugindo de nós mesmos, nos culpando e apontando para as falhas e críticas dos outros ao nosso redor. Com medo de agirmos (certo ou errado), com medo do que os outros podem pensar (de nós), com medo (ou vergonha) de pedir ajuda, etc...
E continuamos prometendo, prometendo e prometendo...Mesmo sabendo que não iremos cumprir, mesmo sabendo que mentimos para nós mesmos...Porque achamos que, talvez, adiando as coisas, ninguém perceba que o que realmente estamos fazendo é mentir para nós mesmos e as pessoas que amamos, dessa forma, cada vez as decepcionamos mais...E nos achamos mais incapazes e ficamos mais infelizes...
Portanto, hoje, faço um trato comigo mesma tendo vocês, meus leitores, como testemunhas, de que não irei mais adiar aquilo que quero fazer...e serei FELIZ!!!

PS: Sei que resoluções de fim-de-ano NUNCA funcionam, porque na primeira segunda-feira do ano já nem lembramos mais o que prometemos...Para não cair nesse dia e ter terça-feira como o dia das lamentações, meu primeiro dia é HOJE!!!

Dia #1 é HOJE!!!
Indo desligar a internet e começar a fazer minhas coisas...

sábado, 31 de outubro de 2009

>>O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO VOCÊ CRESCER???<<

Porque temos que SEMPRE duvidar de nós mesmos, de nossa capacidade em qualquer que seja a situação. Mesmo quando tentamos, com VONTADE, fazer algo que não nos consideramos capazes de realizar, aquela vozinha interior cala todos os pensamentos positivos e DESISTIMOS sem, ao menos, argumentar.
Talvez ela realmente tenha razão, pois se não consiguimos nem acabar com ela, algo que com certeza é fruto de nossa imaginação, como poderíamos nós, então, ser capazes de fazer qualquer outra coisa.
Às vezes temos vontade de fugir, apesar de saber que isso não vai mudar nada, mas, pelo menos, estando longe das pessoas que amamos, não as decepcionaríamos com nossas decisões covardes.
Outro dia ouvi em algum lugar ou alguém me contou sobre como a criação atual dos pais em relação a seus filhos os estão estragando [não querendo colocar a culpa SÓ nos pais, muito pelo contrário, mas acho que tem um certo fundamento], pois quando perguntam o que eles querem para o futuro de seus flhos, eles dizem: "Quero que sejam felizes" em contraposição aos seus pais que diziam: "Quero que sejam Homens de bem"...Isso resulta no simples fato de que: as crianças atuais são tão mimadas que ficam em dúvida do que querem ser quando crescer ou, simplesmente, não crescem. E as antigas, tornaram-se Homens de bem.
Talvez esse seja o motivo de que cada vez que as pessoas de minha geração começam uma coisa e se empolgam nela logo bate aquele sentimento de já chega! ou não estou satisfeita! e mudam logo a resposta para a famosa pergunta: O que você quer ser quando crescer???
Desde cinco anos sempre soube o que queria, porém aos dezoito mudei COMPLETAMENTE de opinião...ou será que não...
Agora, começo a pensar que não sei o que quero de verdade... Talvez ser FELIZ!!!Mas, acho que aí é que está o problema...
Ou talvez, o simples fato de sempre que estou envolvida em algum projeto, eu duvido de mim mesma e de minhas habilidades pode estar me tornando alguém que nunca quis ser, porém que SOU!!!
Afinal, quem sou EU em contraposição de quem QUERO ser???
Será que eu sei a resposta para essa pergunta?
E você, sabe o que quer ser quando crescer???

PS: OK, post depressivo, porém post nevertheless...right???