sexta-feira, 31 de julho de 2009

>>DISCO upupup upupup FRIENDS<<

Festa com os amigos, copo vai, copo vem e, estão todos bêbados...A barulheira da música no som acopla-se a do karaokê (com bêbados "cantando") mais as fofocas imperdíveis espalhadas aos quatro ventos que são típicas de festas com os amigos, na sala apertada de um deles.
Porém, hoje, sinto-me sufocada aqui dentro e vou buscar ar no quintal atrás da casa. O céu está estrelado como nunca havia conseguido ver antes na poluição da minha rua, na visão limitada da varanda do meu apartamento. Resolvo deitar-me então naquela grama verde, tão verde... Não me admira que também seja macia assim que encosto minhas costas nela. Olho para o céu estrelado, contemplando-o. Em momentos como esses é que penso, como gostaria de ter alguém para dividir esse instante. Porque apesar de estar no lugar que, provavelmente, tem mais pessoas por metro quadrado a esta hora, na verdade, não estou com nenhuma delas.
De repente, escuto passos e quando olho para o meu lado, ela está ali, sentada vacilando o olhar entre o céu e eu. Pergunta-me, então: - Veio olhar as estrelas???
Digo: - Não!!! Vim sentir o silêncio. Ela meneia a cabeça sem entender. Digo-lhe para deitar ao meu lado e observar as estrelas sem se preocupar com mais nada. Obediente, ela o faz. Porém, nem três segundos se passam para que exclame: - Uau!!!Posso ouvir as cigarras e os gafanhotos!!!
Isso me faz gargalhar, ela, no entanto, não compreende. - Você deitou ao meu lado para experimentar o silêncio e a primeira coisa que fez foi buscar um som nele e indicá-lo em voz alta provocando assim outra quebra naquele.
Ela ri também... E, num movimento rápido e delicado me surprende encostando seus lábios nos meus, mas logo se arrepende e afasta-se...Deita novamente e encara o céu como se fosse o último pedaço do mundo que existisse e estivesse tentando memorizá-lo para a eternidade...Eu, sem saber o que fazer ou dizer ou sentir, escorrego minha mão por sobre seu corpo e deslizo até seu rosto, olho-a intensamente e me permito dividir um momento com alguém.
Depois de um tempo, como sempre acontecem nessas situações, nenhum de nós sabe como se comportar, portanto nos levantamos e entramos na casa...Curtimos a festa, SE-PA-RA-DA-MEN-TE...E, quando estou indo embora, ao ver a expressão de seu rosto, não resisto e dou-lhe um beijo rápido, puxo sua mão e escrevo o número de meu telefone e, simplesmente VOU...

(SOM) Meu despertador toca, tento desligá-lo e não consigo...Quando olho o display vejo que tenho uma mensagem em meu celular que diz:

"Desequilibrada!!! É assim que me sinto toda vez que te vejo! Sinto como se estivesse em cima de uma trave bem estreita e a gravidade estivesse puxando-me cada vez mais para o chão, tento me controlar, me equilibrar, mas quando olho para você, seu sorriso, seu olho, seu corpo, sei que não posso mais lutar e, nesse lampejo de segundos caio. Você, ao contrário do que poderia imaginar, me deixa ali, exposta, arrasada, para que todos possam me ver e rir de mim. Corro atrás de você e o puxo tão forte que lhe arranco a camisa, mas você nem liga e...vai embora.
Espero nunca mais te ver, lembro-me como se fosse hoje, foi a última coisa que me disseste. No entanto, aqui estamos nós de novo. Você só não sabe ainda, mas me ama!!!"

Giro-me para o outro lado da cama e lá está ela, sorrindo para mim...


PS: Tentei, juro, fazer uma ordem cronológica nos meus posts aqui, mas quando começei a escrever sobre "respostas", descobri que o poema da Marinex no blog dela (CaretaVC)já falava um pouco sobre isso, portanto comentei lá mesmo...Enfim, podem ficar de mal se quiserem, mas me inspirei para escrever uma ficção e, não queria ser repetitiva...Qualquer coisa, mandem um sinal de fumaça que eu escrevo o >>RESPOSTAS<<, porque eu não resisto as carinhas tristes (gatinho do Shrek)...

Camila Rial

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