segunda-feira, 25 de maio de 2009

>> LEICOCK HITCHVITZ<<

Venho aqui declarar meu amor pela fotográfa incrível que é Annie Leibovitz. Em um de seus ensaios fotográficos do ano passado para revista Vanity Fair ela recria os posters de filmes do Hitchcock.
Assim como o cineasta em questão era rigoroso nos detalhes, também é a equipe dela na revista. E o que é mais interessante observar é que o que faz dessas cenas tão impressionantes é que no filme elas não duram muito, mas marcaram toda uma geração tornando-se clássicos do cinema. Não precisando nem de um segundo para identificar a qual filme elas pertencem. Mesmo para queles que nunca assistiram a tais filmes.
Mas, voltando ao foco principal, Annie é uma retratista que se notabilizou pela coloboração íntima entre fotográfo e fotografado. Começou a se interessar por fotografia quando foi visitar sua família que naquela época vivia nas Filipinas. Ela, segue então sua carreira muito jovem na Revista Rolling Stone sendo depois intitulada chefe de fotografia da mesma. Nos anos que se seguiram, ela se tornou a primeira colaboradora da Vanity Fair e faz várias sessões-fashion para a Vogue. Ou seja, não se pode negar seu talento e notariedade.
Além de ser uma excelente fotográfa engajada politicamente e ao mesmo tempo fazer ensaios para revistas pop com celebridades, ela me inspira a me tornar uma fotográfa. Quando iniciei no curso de fotografia queria aprimorar minha técnica ou falta de e treinar meu olhar, mas ao invés ou quem sabe ao mesmo tempo que isso acontecia, eu descobri que minha paixão por ela era mais uma identificação do que quero ser. E então, descobri que não quero continuar fazendo as fotos de paisagens que, talvez, por falta de opção fazia, porque é muito fácil captar a beleza da natureza, ela não é contestável. E o que quero é DESAFIO, tanto para mim quanto para o espectador de MINHA ARTE. Vou fazer fotografia de editorias de moda, assim como Annie.
Enfim, não sei mais como expressar em palavras tudo o que sinto cada vez que vejo uma foto, capa de revista dela. Ela me persegue em todos os lugares que vou e olho...E espero que assim continue. Mas, não quero mais tê-la só para mim, não quero ser egoísta, por isso, decidi dividí-la com o mundo ao meu redor. Portanto, aqui vão as fotos em questão:

PSICOSE

Marion Cotillard
Janet Leigh
Sequência de Psicose - Marion Cotillard.

JANELA INDISCRETA

Grace Kelly e James Stewart.
Scarlett Johansson e Javier Bardem.

PS: Se quiser ver a foto maior, clique na imagem.
PPS: Um post mais despreocupado, para relaxar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

>>PRISÃO ESPACIAL<<

Levantei-me, hoje pela manhã, já lutando contra a Gravidade que novamente insistia em me fazer permanecer deitada, além da já costumeira Preguiça. Aliás acredito que ambas devem ser irmãs de mesmo pai e mãe pela capacidade que tem em me prender e me manter imóvel e passiva as suas ações. Não tive nem tempo de me despedir do meu mundo fantasioso, contar até cinco e aproveitar aquele momento e já finquei os pés no chão.
Após esse grande evento, me arrumei sentindo meu corpo pesado. Era a Gravidade que continuava a atuar sobre mim e fui caminhando nessa luta em direção ao ponto de ônibus. Corri, corri, corri e por um breve segundo venci a Gravidade, quase voei. Mas, não. Ela me forçou a fincar, mais uma vez, os pés no chão.
Quando adentrei a faculdade que nenhuma relação tem com as tias Delícias, a Gravidade me lembra novamente qual é o meu lugar e não me deixa nem curtir meu mundo onírico, sem piedade me acorda na aula de dança - processos e modalidades para a Consciência, esta que cisma em nunca deixar passar nada por mim, que me mantem acordada, que me faz ser aquilo que sou e pertencer ao mundo que pertenço.
Só então, sinto que difícil será continuar combatendo as irmãs Preguiça e Gravidade, pois elas sempre se mostram mais forte que eu e a Consciência ela rouba meu sono, minha vida e me afasta das tias Delícia.
Sou forçada por uma medida autoritária da Consciência, apesar de estar lutando e por alguns breves momentos com os primos Música e Silêncio ter desfrutado tanto das tias Delícias quanto da irmã gêmea "malvada" (In)Consciência, a esperar pela professora de Arte e Antropologia I que já estava atrasada fazia alguns bons minutos, provavelmente brigando com a Gravidade e a Preguiça. E então as Delícias se despedem de mim, e todos os outros familiares acima mencionados se exploraram da minha acomodação e senso de conformismo. Assim que percebo, tento resistir, transformar aquela aula que acabou de começar em algo prazeroso, algo menos humano, menos terrestre, mais experimental, delicioso...Mas, é em vão, pois a aula já está acabando e a Consciência me desperta para todos os problemas que devo resolver durante o dia, desço os 11 andares com as pernas tremulas e o corpo num interior gelado que dá até calafrios e me dirigo para o Centro. Recebo uma ligação de minha mãe que faz a Delícia tentar voltar para mim...Chego em casa já me sentindo um pouco melhor, mais saudável, talvez possa até dizer, mais feliz!!!
Porque exatamente no considerado pior momento a Consciência decide sempre bater a minha porta e me lembrar de algo que passo o dia tentando esquecer(???), talvez nem tanto, só colocar de lado para que não sinta meu coração pulsar em câmera lenta dando espaço para que meus pelos se arrepiem, minha pele se esfrie e minha vida se esvazie de...MIM.

Camila Rial.

PS: Estava sentindo falta de escrever aqui e sempre...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

>>FUGACIDADE EFÊMERA<<

Passamos a maior parte do nosso dia fazendo viagens, sendo elas reais e/ou imaginárias. De manhã entramos no ônibus, metrô, carro, trem, charrete...e seguimos em direção ao trabalho, escola, curso...<=>viagem física, mas quando lá estamos sempre pensamos em outra coisa enquanto escutamos nossos mp3, ipod, rádio ou conversamos com alguém que compartilha da viagem conosco (sem realmente ouvir) ou que está ao telefone celular (fingindo escutar)...<=>viagem onírica. Ou seja, nos transportes desfrutamos das duas, simultaneamente.
Depois, quando chegamos ao nosso destino vamos nos distrair novamente com coisas sem sentido e não nos interessar tanto com aquilo que realmente importa ou o que devemos fazer naquele determinado local, "FUGIMOS" criando uma realidade paralela para que não sejamos entediados...porém, às vezes, ficamos presos nesse mundo próprio como uma lagarta no casulo que só está esperando asas para voar para a realidade...Essa prisão pode ser de fios de seda, fáceis de romper, mas de vez em quando são de aço, irremovíveis sem ajuda. (Mas será que queremos mesmo voltar à realidade??? Será que conseguiremos fugir desse culto a fuga como única solução para nossos problemas???)
Então, seguindo nossa trajetória fazemos o mesmo caminho de volta à casa e vamos dormir que nada mais é do que a maior viagem, pois não só é permitida, como recomendada.
Portanto, não consigo acreditar que ainda existem pessoas que querem se drogar como uma mera forma de fugacidade...Se o que fazemos durante nossa existência é pura e simplesmente uma enorme fuga efêmera.

Para não perder o hábito, uma pergunta rápida, no entanto complexa para se questionar durante o dia: "Do que estas fugindo, caro leitor???"

Camila Rial